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30 de maio de 2012

Aula de história - Lula segue o conselho de Dom João VI

28 de maio de 2012

Sustentabilidade

Do Último Segundo:

Escolas adotam estratégias diversas para ensinar sustentabilidade

Mede, lixa, enverniza, fura. A última reunião do Núcleo do Pensamento Sustentável da escola Santi, em São Paulo, parecia aula de carpintaria. Depois de estudar por meses quais descartes causavam os maiores danos e debater como reduzi-los, o grupo se empenhava na construção de um canecário e uma composteira. A atividade faz parte da estratégia do colégio para desenvolver consciência ecológica nas crianças a partir da prática. O suporte para canecas será colocado na sala dos professores, embora estes ainda não estivessem avisados do projeto até a terça-feira quando o equipamento começou a ser construído. “Não teremos mais copos plásticos”, avisava uma folha de papel colorida caprichosamente pelo grupo e colada ao lado do bebedouro.

A aceitação não foi unânime entre os mestres. “Cada dia vou por um para lavar as canecas”, ameaçou um dos professores. Mas logo veio um pouco de reflexão e a aceitação. “No Japão, o professor ganha a caneca junto com o kit de trabalho no primeiro dia de aula e precisa cuidar até o último”, comentou uma das docentes. “Eu não gosto muito de lavar minha caneca, mas vou fazer isso pelo Planeta e por vocês que estão se empenhando tanto”, disse a outra a aluna que afixava o cartaz. Para os alunos, a razão era fundamentada em dados. Eles mediram um uso mensal de 5 mil copos d’água e 7,5 mil de café em toda a escola e a sala dos professores estava entre os pontos mais consumistas. “Além de gerar uma quantidade enorme de um material que não se desfaz, o plástico com produtos quentes libera uma substância que faz mal a saúde”, comenta Matheus Garcia, 12 anos.


Todos os estudos foram feitos em reuniões semanais de uma hora e meia para pensar a sustentabilidade da escola. Os encontros são fora do horário de aula, não valem nota e a adesão é voluntária. O professor de Ciências, Edward Zvingila, supervisiona e fomenta o debate. Também está em construção uma composteira para o lixo orgânico. Manoela Gonçalves Robeiro, 12 anos, e Isabel Stellino Ahmar, 11 anos, foram as responsáveis por pesquisar o equipamento. “Vão ser três caixas, duas para depósito do lixo, cada uma de uma vez, e a última para o humos, que ele vai gerar e a gente pode usar de adubo”, diz íntima da solução. O professor, orgulhoso da turma, aposta que as mudanças vão ter resultado mais efetivos do que se fossem propostas pela escola. “Os alunos chegaram à conclusão de que era preciso e possível fazer isso, agora eles mesmos cobrarão os demais a fazerem”, afirma.

Simulação da Rio+20
 
No Colégio Magister, na zona sul de São Paulo, a estratégia é debater o quadro global. O tema ambiental será explorado com discussões no próximo mês. Durante os dias 20 e 22 de junho, todos os alunos do 9º ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio irão simular a conferência ambiental Rio+20, que acontecerá oficialmente na capital carioca. Cerca de 200 estudantes serão divididos em comitês de discussão de quatro problemas críticos – emprego, energia, alimentação e água – e representarão diferentes países. Outra parte fará a cobertura jornalística do evento. Desde já, os temas estão sendo trabalhados em sala de aula e pesquisados pelos alunos. O objetivo é estimular competências e habilidades como trabalho em equipe, liderança, argumentação e colocar os jovens para pensar soluções inovadoras para os problemas ambientais globais.

Larissa Santos, 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio e coordenadora geral do grêmio estudantil, avalia que discussões como esta que o colégio irá fazer e a conscientização dos cidadãos são avanços que o evento traz. “Sabemos que o debate da Rio+20 não está longe e que seremos afetados de maneira direta pelas decisões que forem tomadas lá. Espero que as mudanças aconteçam não só de cima pra baixo, mas que sejamosos agentes dessa transformação. Acredito muito na nossa geração”, declara a jovem. O colega Leonardo Alves de Melo, 17 anos, destaca que a simulação permite vivenciar a história na prática. “A gente aprende as relações internacionais e os temas como se fosse um diplomata de um país”, destaca. Para o professor de Atualidades e Língua e Cultura Hispânica do colégio, Pablo Reimers, a simulação permite que estudantes aprendam ao ensinar uns aos outros. “A partir do entendimento crítico, eles terão um posicionamento para transformar aquilo que será a história deles no futuro, e a nossa também.”

27 de maio de 2012

Educação domiciliar premiada

Do Estadão:

Sem educação formal, irmãos ganham prêmios 


Davi e Jônatas estão com as malas prontas para a primeira viagem ao exterior: vão para a Califórnia em agosto. Ganharam as passagens e a estadia para a Campus Party americana após vencerem um concurso na edição brasileira do evento. Por aqui, eles concorreram com mais de 7 mil "nerds", egressos dos cursos de Engenharia e Ciência da Computação. O currículo dos campeões, no entanto, é bem mais modesto. Eles abandonaram a escola antes de concluir o ensino fundamental. Os dois foram educados pelos próprios pais, em casa. "Se eu estivesse no colégio, estaria entrando na universidade. Em casa, foquei apenas no que gosto. Não perdi tempo nas disciplinas que não me interessam", diz Davi, de 19 anos. Jônatas, um ano mais novo, alfineta: "Mesmo porque o melhor é ter uma boa ideia. Depois, se for preciso, coloco um engenheiro para programar". 

A cada afirmação, os dois olham de soslaio para o pai, sentado no sofá ao lado e se segurando para ele mesmo não responder a todas as perguntas. A cada prêmio dos filhos - só nos primeiros quatro meses deste ano eles já ganharam cerca de R$ 30 mil em concursos - Cléber Nunes se convence ainda mais da decisão tomada no fim de 2005, quando Jônatas e Davi terminaram a 5.ª e a 6.ª série. "Mas, mesmo com todos esses prêmios, ainda dizem que neguei educação para os meninos", diz o pai, referindo-se ao crime de abandono intelectual pelo qual ele e a mulher, Bernadeth Nunes, foram condenados em 2010. Também teriam de pagar uma multa, estimada hoje em R$ 9 mil, pela condenação em um processo na área cível por descumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Não quitamos porque temos certeza de que nossos filhos receberam instrução adequada", afirma a mãe.

Quem a vê tão convicta nem imagina que ela era terminantemente contra a decisão do marido. Tanto que, na primeira tentativa de Cleber, no fim de 2004, Bernadeth vetou a ideia. Para convencer a mulher, ele foi aos Estados Unidos, conheceu famílias que praticavam o ensino domiciliar e trouxe uma mala cheia de material sobre o tema. Começava aí seu processo de "doutrinação" que só tem ganhado adeptos. A mais nova convertida é a pequena Ana, a caçula da família. Aos 5 anos, ela já sabe ler e escrever, é fluente em inglês e, apesar de nunca ter frequentado uma escola, tem uma opinião formada sobre o que se aprende na instituição: "Nada".  

A sala de aula da menina é um cantinho do escritório coletivo que fica no térreo do sobrado em que a família vive, no município mineiro de Vargem Alegre. No espaço, as bonecas ficam junto dos livrinhos de tecido costurados por Bernadeth. Enquanto a mãe ensina a menina a ver as horas, Jônatas desenvolve um software para informatizar as mercearias do município, e Davi é capaz de se esquecer de comer só para programar os códigos que darão origem a um programa capaz de ajudar os candidatos a vereador e a prefeito a mapear redutos eleitorais e traçar estratégias de comunicação. Creditam todo o aprendizado à técnica implementada pelo pai, autodidata que saiu da escola no 1.º ano do ensino médio. Assim que os tirou da colégio, Cléber os ensinou lógica, argumentação e aritmética, base a partir da qual eles poderiam estudar o que lhes conviessem. Davi e Jônatas decidiram ignorar disciplinas como química, biologia e geografia. "Por que eu deveria saber o que são rochas magmáticas?", questiona Jônatas. 

Das disciplinas oficiais, ficou somente o inglês. Para estimular a fluência, Cléber comprava cursos de informática em inglês e pedia que os filhos legendassem documentários. Atualmente, cada um faz seu currículo e seu horário. Mas nunca são menos de seis horas diárias, seis dias por semana. Jônatas, webdesigner, dispersa fácil, tanto que decidiu sair do Facebook para não perder tempo. Davi, programador, é mais centrado, cumpre à risca a grade horária colada no mural do seu quarto, ao lado de onde se vê um versículo bíblico em hebraico, idioma que ele aprendeu sozinho com o intuito de compreender melhor textos do livro sagrado. A retirada dos filhos da escola coincidiu com a decisão da família por uma vida mais simples e de retorno a padrões morais descritos na Bíblia. Cléber abriu mão de sua empresa de produtos de aço inoxidável, como troféus e placas de honra, para fabricar as peças no quintal de casa. Bernadeth, que era decoradora e cursava Arquitetura, abandonou o curso e, desde então, dedica-se a cuidar da casa e a alfabetizar a filha.

O absurdo sistema de cotas raciais - Parte 6

Do Blog Diplomatizzando:

O Apartheid em construcao no Brasil: cotas para qualquer coisa...

Por Paulo Roberto de Almeida  
 
Os militantes do novo racismo acham que as cotas "integram", já que elas supostamente permitiriam o ingresso de negros, ou afrodescendentes, em funções públicas que eles acham indevidamente monopolizadas pela elite branca.  Acontece que os concursos, e o recrutamento, apenas refletem o grau de preparação de diferentes estratos da população para enfrentar essas barreiras meritocráticas. Pretender estabelecer por cotas um "direito" significaria tirar o direito de alguém que o conquistaria por esforço próprio. Em lugar de atuar sobre as causas do fenômeno, os militantes querem atuar apenas sobre as causas, perpetuando, portanto, o problema e eternizando o privilégio de alguns apenas pela cor da pele. Se trata de um apartheid, evidentemente, um racismo ao contrário, que deve tornar o país mais separado, não mais unido racialmente. Em qualquer hipótese, é uma má solução para um problema real.

Nunca repetir o prato

Do Último Segundo:

Blog com críticas a merenda obriga escola a mudar cardápio

Uma menina escocesa de 9 anos provocou mudanças na alimentação de sua escola depois de fazer um blog que teve mais de 1 milhão de visitações e acabou rendendo um tuíte de apoio do conhecido chef Jamie Oliver. Martha Payne fotografava seus lanches com a permissão da escola e postava as fotos diariamente em seu blog "Never seconds" ("Nunca repetir o prato", em tradução adaptada), com comentários e notas sobre a comida.

 
Entre os aspectos avaliados pela menina, estão a qualidade da comida, a quantidade de "garfadas" em uma porção e o número de fios de cabelo encontrados. A repercussão do blog fez com que o conselho municipal de Argyll, na Escócia, se pronunciasse sobre o assunto e fizesse uma visita à escola da menina. O cardápio da merenda, segundo ela e seu pai, Dave, também melhorou, ainda que temporariamente. "Dá para ver no blog que a comida voltou a piorar", disse ele à BBC Brasil. Pai e filha foram convidados para um encontro realizado pelo chef escocês Nick Nairn, autor de diversos livros e apresentador de programas de TV, que também terá políticos e ativistas da alimentação saudável em escolas.

A ideia de criar o blog, segundo Dave Payne, surgiu quando Martha chegou em casa comentando sobre um texto "jornalístico" que teve que fazer para um trabalho escolar. "Ela chegou dizendo que queria escrever como uma jornalista todos os dias e achamos que um blog seria a melhor ideia", conta o pai. Desde então, a menina, que vive com a família em uma fazenda, passou a postar fotos do que comia diariamente, com comentários sobre o cardápio. "A coisa boa deste blog é que meu pai entende por que eu estou com fome quando chego em casa", disse ela em um dos posts. As primeiras fotos de Martha, de acordo com seu pai, foram reveladoras. As refeições, sempre em porções pequenas, incluíam pizza, hambúrgueres, frituras, poucas verduras e nenhuma fruta. "Para ela, as fotos eram completamente normais. Para mim, foram chocantes, terríveis. Quase tão chocante quanto isso era o fato de que as crianças achavam aquela comida normal. Ela reclamava um pouco em casa, mas eu não dei muita atenção", disse Dave.

Pouco depois do primeiro post de Martha, ele escreveu em seu perfil de Twitter sobre o blog da filha. "Na primeira meia hora, três pessoas tinham visto o blog. No dia seguinte, eram mais de 20 mil", conta. Agora, um mês depois, o "Never seconds" já contabiliza cerca de 1,2 milhão de visitantes. Alertado por internautas sobre o projeto, o chef Jamie Oliver chegou a mandar uma mensagem para a menina através do Twitter: "Blog chocante, mas inspirador. Continue! Com amor, Jamie". O sucesso do blog colocou o governo local em uma saia justa. Em uma entrevista à BBC escocesa, uma representante do conselho municipal de Argyll afirmou que o almoço servido na escola não tinha problemas. "Ela disse que não havia nada errado com a comida e que a culpa era de Martha porque ela escolheu os alimentos errados, mas ela escolhe tudo o que pode todos os dias", afirma Payne. "Mesmo irritados, não quisemos dar mais entrevistas e nos envolver, mas depois disso a comida melhorou na escola. Coisas que ela nunca viu começaram a aparecer no cardápio. 

Membros do conselho foram visitar a escola com jornalistas e a comida era muito diferente." Os estudantes também passaram, a partir daquele dia, a ter direito a porções ilimitadas de salada, frutas e pão, além da opção de se servir novamente do que quisessem. Martha chamou o blog de "Nunca pela segunda vez" porque não era permitido que ela repetisse o prato, o que frequentemente a deixava com fome. "Pela primeira vez eu vi no almoço tomates-cereja, rabanetes, cenouras e pedaços de pepino. Eu escolhi macarrão com queijo, purê de batatas, pepino e pimentões. O macarrão com queijo é sempre bom, mas eu comeria mais. Hoje me perguntaram pela primeira vez: 'É o suficiente para você?'", escreveu a menina no dia da visita.

Comento: A Europa, velho mundo, apesar de em crise, continua sendo o berço da inspiração em nosso planeta. Ao transcrever esta matéria, é impossível deixar de me lembrar da escolinha pública que eu fiz estágio lá em Teresina, Piaui. Nem cômico, nem pouco trágico, a falta de opções e a qualidade muito aquém do inaceitável fazia a rotina dos pequenos estudantes do ensino público petista. Cozinha imunda e quase sempre com despensa vazia era o quadro trágico que em final de curso quase me fez renunciar ao trabalho hercúleo que vim a desenvolver durante minha vida profissional já formada. Quem sabe um blog não seria a solução para aquelas crianças expostas ao cuscuz de anteontem?

26 de maio de 2012

A busca da relação escolar perfeita

Do Educar para crescer:

O que fazer quando seu filho não gosta do professor

Por Letícia Mori

A criança chega em casa chateada, jogando a mochila no chão e reclamando da escola. Você ouve que o professor não gosta do seu filho ou que seu filho não gosta do professor. A reação natural de qualquer pai é ficar alarmado. Mas é preciso tentar manter a calma. A forma como você lida com a situação pode tornar as coisas muito melhores ou muito piores. Procurar uma resolução pacífica garante o melhor resultado para a vida escolar do seu filho, já que uma boa relação entre o aluno e o professor é um dos fatores que mais influenciam na aprendizagem, segundo a psicóloga e pedagoga Neide Saisi, da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Tanto adultos quanto adolescentes e crianças só aceitam que outra pessoa os ensine quando existe uma relação de confiança. "A pessoa só aprende com aqueles a quem ela delegou o direito de ensinar. E ela só dá esse direito a quem ela confia. É um processo inconsciente", explica a pedagoga.  

E para estabelecer essa confiança, primeiro é preciso criar um laço afetivo. A relação de afeto é fundamental principalmente nos primeiros anos de escola. Se a convivência com o professor é ruim, o aluno começa a rejeitar o processo de aprendizagem e se torna indócil e desinteressado. Por extensão, ele deixa de gostar da escola. "Ela deixa de ser um fato de desenvolvimento e aprendizado e passa ser um local de punição", diz Saisi. Seu filho tem dificuldades nos estudos, notas baixas ou simplesmente tem mostrado o desejo de não ir para a escola? Vale a pena perguntar como anda o relacionamento dele com os professores. Nem sempre crianças e adolescentes deixam claro como é essa relação e os pais acabam não percebendo que esse é um dos fatores do problema. A boa notícia é que na maioria das vezes é possível resolver o conflito por meio do diálogo. 

"Basta os dois lados estarem abertos", diz a psicóloga Sueli Conte, autora do livro "Bastidores de uma Escola" (Editora Gente) e atual diretora do Colégio Renovação, em São Paulo. Segundo ela, o primeiro passo é descobrir qual a origem da desavença, que pode ser resultado tanto do comportamento da criança ou até mesmo do docente. "O professor é um ser humano, ele também erra", explica Neide Saisi. Classes lotadas, estresse, problemas emocionais... Tudo isso pode levar o educador a ter atitudes inadequadas. "Mas normalmente ele é bem intencionado e está disposto a se corrigir se perceber se agiu de forma injusta", afirma Sueli Conte. As especialistas dão quinze dicas para você resolver o problema do seu filho com o professor da melhor forma possível e garantir que a experiência dele na escola seja prazerosa e educativa.

1) Não assuma imediatamente a posição negativa da criança

Todo mundo pode se enganar ao julgar o caráter dos outros. Crianças e adolescentes estão ainda mais sujeitos a se deixarem levar pelas emoções. "Eles podem interpretar a atitude do professor de forma errada", diz a psicóloga Sueli Conte. Antes de achar que o educador é um carrasco, ao menos leve em conta essa possibilidade. Acalme seu filho e peça para ele explicar melhor a situação.

2) Ouça bem e fique atento aos detalhes

Se seu filho fizer afirmações genéricas como "minha professora é má", tente entender o que exatamente ele quer dizer com isso. Descubra o maior número de detalhes sobre a situação que o levou a pensar desse jeito. Será que a professora o humilhou na frente da classe ou apenas exigiu que ele fizesse o exercício? Segundo a psicóloga Sueli Conte, autora do livro "Bastidores de uma escola", é importante perguntar de maneira casual para que a criança não seja levada a exagerar a situação. Assim você pode julgar com clareza se a atitude foi realmente inadequada ou se a criança interpretou de maneira incorreta uma exigência razoável.

3) Encontre a orígem do problema

Muitas vezes o aluno cria rancor do professor simplesmente porque não consegue entender o que ele está explicando. "Para existir afeto entre os dois, o mestre precisa respeitar o nível de desenvolvimento do aluno e sua personalidade", explica a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP. Alunos tímidos, por exemplo, podem acabar recebendo menos atenção e sentirem-se rejeitados. Tente entender qual a origem do conflito para estar preparado quando for conversar com o professor e com a escola.

4) Confirme se o desgosto é com o educador ou com a matéria

Se o aluno tem alguma defasagem de ensino ou dificuldade natural com uma disciplina específica, pode transferir o sentimento negativo para quem ministra a matéria. "Se não gosta do assunto, a criança ou adolescente também tende a ser mais indisciplinado, e consequentemente, mais repreendido", diz a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP. Nesse caso, explique a importância de aprender aquela disciplina, tente ajudá-lo com as tarefas e converse com a escola para que ele receba reforço. Aulas particulares também podem ajudar.

5) Avalie o comportamento de seu filho

Pode ser que ele não seja indisciplinado em casa, mas tenda a ultrapassar os limites na escola. Nem sempre as crianças se comportam da mesma forma nos dois ambientes. "Se a criança tem atitudes rebeldes e desafiadoras na sala de aula, a família tem de tentar resolver essa questão em casa", diz a psicóloga Sueli Conte, autora do livro "Bastidores de uma Escola" (Editora Gente). Mas não pergunte se ele fez algo de errado, isso pode parecer uma acusação. Peça a ele para pensar em quais atitudes poderiam estar deixando o professor bravo e ajude-o modificar esse comportamento.

6) Procure causas externas

Desavenças familiares, brigas com colegas e até problemas de saúde podem levar as crianças e se tornarem agressivas na escola, segundo a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP. "É importante resolver fora da sala de aula tudo o que possa levar o aluno a ‘descontar’ suas frustrações nesse ambiente e acabar entrando em conflito com o professor", diz ela.

7) Não faça acusações

A relação com a criança é um problema a ser resolvido, não uma briga a ser ganha. Deixe claro para o professor que não está fazendo acusações, apenas mostrando como seu filho se sente e tentando entender o porquê. "A conversa com o professor pode ser muito rica se os pais estiverem abertos ao diálogo", afirma Sueli Conte, psicóloga e diretora do Colégio Renovação, em SP. "Mas se eles chegarem brigando, exaltados, podem piorar uma situação que seria simples de resolver".

8) Esteja disposto a ouvir mais do que falar

A ideia da conversa é compreender o que está fazendo seu filho sentir que o professor não gosta dele e vice-versa. "Muitas vezes o professor nem sabe que existe um problema", afirma a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP. Explique, diga que está preocupado com a situação e peça para o docente contar seu ponto de vista. Assim vocês podem pensar em conjunto qual a melhor solução para todos.

9) Compartilhe informações que ajude o professor a entender seu filho

Se a criança acabou de perder alguém da família ou teve uma experiência traumática na escola, é natural que deixe de fazer as tarefas, fique triste etc. Explique que não quer justificar a falta de disciplina. Segundo a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP, passar para o professor informações sobre o passado do seu filho ajuda o educador a entender a atitude do aluno em relação ao aprendizado e adaptar a forma como se relaciona com ele.

10) Participe ativamente da educação de seu filho

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo aconselha os pais a participar de reuniões de pais e mestres e outras solicitadas pela escola, acompanhar as provas e tarefas dos filhos e verificar o desempenho da criança através dos seus cadernos. "A presença dos pais na educação escolar de seus filhos constitui requisito fundamental para a aprendizagem do aluno", afirma a secretaria em nota. Essa é também a opinião da psicóloga e diretora do Colégio Renovação, Sueli Conte. "Entrar sempre em contato com a escola, não apenas quando há um problema, ajuda a criar confiança tanto dos pais em relação à escola quanto da escola em relação aos pais. Assim fica mais fácil resolver problemas quando eles aparecem", diz ela.

11) Não critique o professor na frente do aluno

Por mais crítico que o problema pareça, não fale mal do docente para a criança ou na frente dela. É o que aconselha a psicóloga Sueli Conte, autora do livro "Bastidores de uma Escola" (Editora Gente). Segundo ela, isso só vai aumentar a raiva do seu filho, torná-lo menos aberto a trabalhar para que o relacionamento melhore e reforçar a ideia de que o professor é um "vilão". Isso pode se estender para uma visão negativa de professores em geral e comprometer sua aprendizagem para o resto da vida escolar.

12) Não prometa uma solução instantânea

Diga para seu filho que se importa com o que está acontecendo e vai fazer de tudo para que a situação melhore. Mas explique que você não vai simplesmente ir até a escola e acabar com o problema. "O aluno não pode achar que é só o pai aparecer, brigar com a escola e vai ficar tudo bem. Nessas situações, é preciso a colaboração de todos: da família, da escola, do professor e da criança também", diz Sueli Conte. Por isso os pais devem mostrar que é preciso trabalhar em conjunto e que pode levar algum tempo até que as coisas se acertem.

13) Explique para seu filho a importância de aprender a matéria mesmo não gostando do professor

Ajude a criança ou o adolescente a entender que todas as disciplinas escolares são importantes para o seu desenvolvimento. Elas vão ser úteis em algum momento e é essencial que ele aprenda. Durante a vida vai haver diversas situações nas quais ele terá que trabalhar com alguém por quem não sente simpatia. "Às vezes o problema do aluno pelo professor é só uma questão de personalidade, de empatia. Principalmente entre alunos mais velhos", explica Sueli Conte, psicóloga e autora do livro "Bastidores de uma Escola" (Editora Gente). Se o aluno não for muito pequeno e se o conflito não for grave, o ano em que estudar com aquele professor pode ser uma oportunidade para seu filho aprender a lidar com diferenças de personalidade.

14) Forme um grupo com outros pais

Procure os pais de outros alunos para verificar se o problema se repete com eles. "Se várias pessoas estão reclamando do mesmo professor, então não é um problema pontual", afirma a psicopedagoga Neide Saisi. Se vários pais já tentaram resolver a situação sem sucesso, pode ser o caso de vocês formarem um grupo e entrarem em contato com a escola em conjunto.

15) Procure a escola e outras instâncias de ensino

Se você constatar que o professor realmente está agindo de maneira inadequada, procure o coordenador pedagógico ou o diretor da escola. No Estado de São Paulo, a rede pública também conta com o Professor-Mediador Escolar e Comunitário que auxilia nesse tipo de caso. "Às vezes o problema é realmente o professor. Acontece. Nesse caso a escola tem que tomar providências", afirma a psicopedagoga Neide Saisi. Se mesmo assim o problema persistir, e você não puder ou não conseguir mudar se filho de escola, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informa que é possível pedir a intervenção de instâncias superiores de ensino por meio de um processo formal. Procure a Secretaria de Educação do seu estado para saber quais são os procedimentos na sua região do país.

25 de maio de 2012

O absurdo sistema de cotas raciais - Parte 5

Do Estadão:

Cotas raciais - quem ganha, quem perde? 

Por José Goldemberg (*)

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente, por unanimidade, que a introdução de cotas raciais no acesso às universidades públicas federais não viola a Constituição da República, seguindo a linha adotada nos Estados Unidos há algumas décadas de introduzir "ações afirmativas" para corrigir injustiças feitas no passado. A decisão flexibiliza a ideia básica de que todos são iguais perante a lei, um dos grandes objetivos da Revolução Francesa. Ela se origina na visão de que é preciso aceitar a "responsabilidade histórica" dos malefícios causados pela escravidão e compensar, em parte, as vítimas e seus descendentes. A mesma ideia permeia negociações entre países, entre ex-colônias e as nações industrializadas, na área comercial e até nas negociações sobre o clima. Sucede que, de modo geral, "compensar" povos ou grupos sociais por violências, discriminações e até crimes cometidos no passado raramente ocorreu ao longo da História. Um bom exemplo é o verdadeiro "holocausto" resultante da destruição dos Impérios Inca e Asteca, na América Latina, ou até da destruição de Cartago pelos romanos, que nunca foram objeto de compensações. Se o fossem, a Espanha deveria estar compensando até hoje o que Hernán Cortez fez ao conquistar o México e destruir o Império Asteca.

É perfeitamente aceitável e desejável que grupos discriminados, excluídos ou perseguidos devam ser objeto de tratamento especial pelos setores mais privilegiados da sociedade e do próprio Estado, por meio de assistência social, educação, saúde e criação de oportunidades. Contudo, simplificar a gravidade dos problemas econômicos e sociais que afligem parte da população brasileira, sobretudo os descendentes de escravos, estabelecendo cotas raciais para acesso às universidades públicas do País, parece-nos injustificado e contraprodutivo, porque revela uma falta de compreensão completa do papel que essas instituições de ensino representam. Universidades públicas e gratuitas atendem apenas a um terço dos estudantes que fazem curso superior no Brasil, que é uma rota importantíssima para a progressão social e o sucesso profissional. As demais universidades são pagas, o que prejudica a parte mais pobre da população estudantil. Essa é uma distorção evidente do sistema universitário do País. Mas o custo do ensino superior é tão elevado que apenas países ricos como a França, a Suécia ou a Alemanha podem oferecer ensino superior gratuito para todos. Não é o nosso caso. Essa é a razão por que existem vestibulares nas universidades públicas, onde a seleção era feita exclusivamente pelo mérito até recentemente. A decisão recente do Supremo Tribunal Federal deixa de reconhecer o mérito como único critério para admissão em universidades públicas. E abre caminho para a adoção de outras cotas, além das raciais, talvez, no futuro.

Acontece que o sistema universitário tem sérios problemas de qualidade e desempenho, como bem o demonstra o resultado dos exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - garantia da qualidade dos profissionais dessa área -, que reprova sistematicamente a maioria dos que se submetem a ele, o mesmo ocorrendo com os exames na área médica. Órgãos do governo como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, ou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, têm feito esforços para melhorar o desempenho das universidades brasileiras por meio de complexos processos de avaliação, que têm ajudado, mas não se mostraram suficientes. Esses são mecanismos externos às universidades. Na grande maioria delas, os esforços internos são precários em razão da falta de critérios e de empenho do Ministério da Educação, que escolhe os reitores, alguns dos quais, como os da Universidade de Brasília, iniciaram o processo de criação de cotas raciais como se esse fosse o principal problema das universidades e do ensino superior no Brasil.

O populismo que domina muitas dessas universidades, há décadas, é a principal razão do baixo desempenho das universidades brasileiras na classificação mundial. Somente a Universidade de São Paulo (USP) conseguiu colocar-se entre as melhores 50 nesse ranking. O problema urgente das universidades brasileiras é, portanto, melhorar de nível, e não resolver problemas de discriminação racial ou corrigir "responsabilidades históricas", que só poderão ser solucionadas por meio do progresso econômico e educacional básico. O governo federal parece ter tomado consciência desse problema ao lançar o programa Ciência sem Fronteiras, que se propõe a enviar ao exterior, anualmente, milhares de estudantes universitários, imitando o que o Japão fez no século 19 ou a China no século 20 e foi a base da modernização e do rápido progresso desses países. Daí o desapontamento com a decisão da Suprema Corte não só por ter sido unânime, mas também por não ter sido objeto de uma tomada de posição de muitos intelectuais formadores de opinião, exceto notáveis exceções, como Eunice R. Durham, Simon Schwartzman, Demétrio Magnoli e poucos outros que se manifestaram sobre a inconveniência da decisão. O único aspecto positivo na decisão do Supremo Tribunal Federal foi o de que simplesmente aceitou a constitucionalidade das cotas raciais, cabendo aos reitores, em cada universidade, adotá-las e implementá-las. Há aqui uma oportunidade para que os professores mais esclarecidos assumam a liderança e se esforcem para manter elevado o nível de suas universidades sem descuidar de tornar o acesso pelo mérito mais democrático, e sem a adoção de cotas raciais, como algumas universidades estaduais de São Paulo estão fazendo.

(*) PROFESSOR EMÉRITO DA USP, FOI MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Prazer em te ler

Do Brasil Escola:

Como ler bem?

Por Maria Rodrigues


Ler não é um ato mecânico, pelo contrário, deve ser um ato prazeroso completamente desligado da idéia de obrigatoriedade. Não é fácil gostar de ler. Quem não adquiriu o hábito durante a infância dificilmente se encantará a cada vez que entrar em uma livraria. No entanto, muitos já perceberam que ler é essencial para se conseguir algo nesta vida.

Se você não gosta de ler, mas ao menos gostaria de gostar, aqui vão dicas que podem ajudar-lhe a se entusiasmar – ou pelo menos a suportar a relação entre você e os livros. Primeiramente é importante ter a consciência de que saber ler não significa saber compreender e este é um problema sério em nosso país. Pelo menos 38% dos brasileiros têm dificuldade em interpretar aquilo que lê. Isto é grave e deve ser combatido. Como? Com esforço próprio.

A compreensão depende muito da bagagem cultural do indivíduo e é por este motivo que a maioria dos livros indica a faixa etária ideal para lê-los. Se você ainda é jovem, em torno dos 13 anos, procure livros que tenham a ver com você. Ler Machado de Assis nesta época não vai ajudá-lo a gostar deste grande nome da literatura brasileira. Cada coisa a seu tempo. Para gostar de ler é preciso ler aquilo que lhe dá prazer, mesmo que isto seja um gibi!

Para criar o hábito da leitura, reserve um tempo do seu dia para praticar. Para que isto dê certo é preciso ser rigoroso, nada de dizer “ah, eu leio amanhã”. Lendo todos os dias o ato passará a ser corriqueiro e com o tempo se tornará um hábito inadiável. O ato de ler pode ser encarado como um ritual: procure um local tranqüilo, confortável e bem iluminado. Separe algo para beber e fique confortável (debaixo de uma mantinha quente ou de ar condicionado bem potente). Se você passar a ler em condições impróprias, o ato de ler pode ser associado à idéia de desconforto e aí “tchau” hábito da leitura.

Na ânsia de atingir o objetivo você pode acreditar que ler vários livros ao mesmo tempo pode ajudá-lo. Ledo engano. Um livro por vez é o indicado. Curta a história, entregue-se aos pensamentos e aproveite este momento (já ouviu dizer que ler é uma “viagem”?). Preocupe-se em manter um dicionário por perto, para poder consultar todas as palavras que não fazem sentido para você. Fazendo isto, além de compreender o que está lendo, a expressão passará a fazer parte do seu vocabulário.

Escreve bem quem lê muito e escreve melhor quem lê e escreve muito. Assim como o esporte, a leitura e a escrita devem ser exercitados. Quanto antes você começar, mais rápido atingirá o seu objetivo e lembre-se: o vestibular vem aí. Você está preparado para a redação?

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Leitura - Dificuldades e soluções

Biblioteca tupiniquim

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A importância da leitura e as consequências de sua prematura estimulação

A Leitura na Educação Infantil

Brasileiro, o não leitor

Prazer em te ler

Sobre a greve das federais e sobre mentiras e mais mentiras

Da Veja e do Blog do Reinaldo Azevedo:

Apesar do apelo feito nesta quarta-feira pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a greve dos docentes das instituições federais de ensino superior prossegue nesta quinta-feira. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o apelo do ministro dá ainda mais visibilidade à paralisação. "A coletiva do ministro mostra que ele reconhece a força da nossa greve”, disse a presidente do Andes-SN, Marina Barbosa. Segundo o mais recente levantamento, 41 universidades federais e três institutos federais de educação aderiram à greve e, portanto, estão sem aula. Além disso, a partir da próxima segunda-feira, as federais de Santa Maria (UFSM) e da Grande Dourados (UFGD) vão aderir à paralisação. "Ao contrário do que disse o ministro, o movimento dos professores não foi precipitado, estamos presentes em todos os espaços de negociação desde 2010, apresentando propostas e cobrando respostas do governo", diz Barbosa.

Também na segunda-feira o Andes realizará uma reunião no Ministério do Planejamento, onde apresentará suas reivindicações. Os professores pedem um plano de reestruturação da carreira, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano. Entre as reivindicações, está a redução de níveis de remuneração (de 17 para 13), variação de 5% entre os níveis e um salário mínimo para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais (atualmente, esse valor é de 1.597,92 reais). Os professores pedem também melhores condições de trabalho e infraestrutura. Na tarde da quarta-feira, Mercadante comparou os problemas de infraestrutura vividos por universidades federais às "dores do parto". Além de minimizar os problemas estruturais, o ministro afirmou que, do ponto de vista das questões salarial e de carreira, não há razões para a paralisação dos docentes. "Não me lembro de nenhuma greve semelhante, sem razão de ser", disse.

A argumentação do ministro toma como base um acordo firmado entre o MEC e as entidades de professores universitários no final do ano passado. O documento previa reajuste de 4% nos salários a partir de março de 2012, incorporação de gratificações aos salários e a apresentação, até março passado, de um novo plano de carreira que passaria a valer em 2013. Estava acordada ainda a aprovação de um projeto de lei que autoriza o Ministério da Educação a contratar docentes para dar suporte à expansão da rede de ensino. A tramitação do projeto de lei está atrasada no Congresso. Ele foi aprovado na Câmara, mas ainda precisa ser votado no Senado. Mercadante disse que vem pedindo celeridade aos parlamentares. 

O reajuste salarial também está atrasado devido aos trâmites no Congresso. Foi preciso que o governo editasse uma medida provisória nesta semana para garantir o aumento, que sairá em junho, retroativo a março. Sobre a formulação do plano de carreira, o ministro explicou que a morte de um funcionário do Ministério do Planejamento que liderava as negociações, o secretário de recursos humanos Duvanier Paiva Ferreira, atrasou os procedimentos. Duvanier morreu em janeiro após sofrer um infarto. "O atraso não traz nenhum prejuízo material para os docentes porque estamos tratando de uma nova carreira para 2013", disse.

No discurso dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37 milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade “ensino à distância”... Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do que em… 2004! As universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade. As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases distribuídos por assessorias de comunicação. É chegada a hora de visitar os campi dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e sua qualificação intelectual e técnica.
Já conhecemos os milagres de Lula. Agora só falta conhecermos a verdade.

Estabelecido o calendário para o ENEM 2012

Da Folha:

O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira o calendário para inscrição e aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. A prova ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro. As inscrições estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira, 28, até 15 de junho. O edital com as novas regras do exame será divulgado amanhã no "Diário Oficial da União". O gabarito da prova será divulgado no dia 7 de novembro e o resultado em 28 de dezembro. A prova será aplicada em 140 mil salas de aula. A redação dos estudantes inscritos no Enem deste ano será submetida a um novo sistema de correção. A intenção é aumentar o rigor na avaliação dos textos e, assim, evitar pedidos de revisão da nota. Em 2011, o Enem teve 5,3 milhões de candidatos, número recorde de inscritos. "Ele é um instrumento que se consolidou exatamente porque permite igualdade de oportunidade e de acessos", afirmou o ministro Aloizio Mercadante (Educação). O governo chegou a anunciar que neste ano haveria duas edições do exame --uma em abril e outra em novembro, mas acabou recuando da decisão. De acordo com o Ministério da Educação, a realização de duas edições iria sobrecarregar a estrutura logística do exame. A presidente Dilma Rousseff já prometeu que, em 2013, haverá duas edições do exame. O Enem é usado por universidades públicas para o ingresso de estudantes na graduação. O exame é utilizado ainda como pré-requisito para o aluno ter acesso ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e ao ProUni (Programa Universidade para Todos).

24 de maio de 2012

Mais um motivo pelo qual não concordo com a concessão do título de patrono da educação nacional a Paulo Freire - A idiotia

Do Blog Diplomatizzando:

O supremo idiota da educacao brasileira: Paulo Freire

Muitos leitores deste blog, embora eu não possa precisar quantos exatamente, devem ficar chocados quando eu me refiro a certas pessoas como idiotas. Seria um insulto, um exagero meu, um despeito contra quem supostamente ficou famoso, e contra quem eu teria sérias restrições, representando, portanto, alguma inveja minha ou crítica indevida. Várias vezes referi-me a Paulo Freire, como o supremo idiota da educação brasileira (pior, acho que falei em calamidade educacional que exportamos para o resto do mundo), e tive comentários discordantes, alguns até raivosos. Enfim, todo mundo tem o direito de discordar dos meus posts e, desde que as críticas sejam fundamentadas, não tenho nenhuma objeção a publicar aqui.

E eu tenho o direito de chamar idiotas de idiotas, mas reconheço que também preciso fundamentar minhas "acusações" de idiotice. O problema, eterno, terrível, é que leio muito, mas nem sempre tenho tempo de resumir, sintetizar, explicar tudo o que leio, justificando, portanto, meus julgamentos, geralmente sérios, mas embasados em leituras não reveladas. Concordo, também, em que chamar alguém de idiota, simplesmente, não é muito eficiente, em termos práticos, pois muita gente acha o idiota em questão um grande intelectual, e o interlocutor pode ficar chocado pela minha expressão de desprezo pelo "intelequitual".

Enfim, existem muitos idiotas, no Brasil e no mundo, que mereceriam ser desmascarados, mas eles são muitos, efetivamente, e como o mundo também tem muitos idiotas, sempre tem público para certas idiotices. O Brasil, como sempre digo, não é tão atrasado materialmente -- já que o progresso é uma fatalidade, como já disse alguém -- como ele é atrasado mentalmente, e nos últimos tempos, os responsáveis políticos e econômicos -- e sobretudo os "educacionais" e pedagógicos -- têm se esforçado para atrasá-lo ainda mais, retrocedendo o Brasil meio século para trás. Talvez até mais, mas isso veremos mais adiante...

Por isso que a atribuição a Paulo Freire do título de patrono da educação brasileira combina com esse atraso. Só atrasados mentais seriam capazes desse crime contra a educação brasileira. Mas existem várias outras idiotices sendo cometidas em outros setores. Paulo Freire permanece, no entanto, um caso exemplar, e para mim dramático. Ele já influenciou 5o anos de formação de professores e pedagogos, e vai continuar influenciando pelo menos uma geração mais (estou sendo otimista, claro) nos anos à frente. Por isso mesmo sou, como já disse, absolutamente e relativamente pessimista quanto ao futuro da educação brasileira: acho que vamos continuar recuando, mentalmente, do pré-primário à pós-graduação, sem possibilidade de recuperação.

13 de maio de 2012

O Brasil decente aguarda ansioso pela verdadeira comissão da verdade - a que julgará o mensalão

O leitor rotineiro deste blog poderá se perguntar: o que o mensalão tem a ver com educação? Respondo: tudo. O dinheiro desviado naquele episódio e que tinha o objetivo de assegurar a aprovação de temas de interesse do governo Lula e por consequência assegurar a manutenção do projeto de tomada de poder pelo PT, faltou na boca dos alunos na hora da merenda escolar, faltou para reequipar as Forças Armadas, faltou para garantir serviços justos e dignos na saúde pública, faltou para promover projetos de ressocialização de detentos em final de pena, enfim, faltou para um monte de coisas. 


Seria inocência supor que, após a descoberta e denúncia, o mensalão deixou de existir. Com certeza se travestiu em outras facilidades que os poderes legislativo e executivo em nível nacional devem estar carecas de saberem os caminhos. Mas mesmo denunciado,  o processo ainda aguarda julgamento. Dos 40 inicialmente envolvidos, apenas 36 serão julgados por crimes contra a administração pública. Na semana em que a presidente da República divulgou os nomes que comporão a desnecessária e revanchista comissão da verdade, nada mais justo que nós, brasileiros decentes, também soubéssemos da possível data do julgamento do esquema mensaleiro.

Essa sim seria a verdadeira comissão da verdade, pois ajudaria a apresentar na forma mais transparente possível os feitos dessa gente que durante tanto tempo enganou e lesou o brasileiro de boa fé. Quanto à comissão que servirá como tribunal da história, nomeada há poucos dias por Dilma e que terá o grande objetivo de conceder ao passado a versão da esquerda em armas, só nos resta lamentar, até porque a ruptura que as Forças Armadas se permitiu em relação aos seus valores e ao seu passado de socorro ao Brasil só facilitará o trabalho sujo que infelizmente será regado a dinheiro público.

Search Education, o novo site de pesquisas educacionais do Google

Do Estadão:

Se você digita uma palavra no Google, em menos de um segundo o buscador vai apresentar alguns milhares de resultados que mencionam o termo. Alguns deles, de fato, podem ajudar muito na sua busca; outros, nem tanto. Para ensinar estudantes e professores a separar o joio do trigo e ajudá-los a fazer pesquisas mais qualificadas, o Google lançou, este mês, o site Search Education (www.google.com/insidesearch/searcheducation). Ainda completamente em inglês, o site é voltado a professores interessados em ensinar estratégias de pesquisa a seus alunos ou a usuários que querem otimizar suas buscas. 

“Nós decidimos ensinar a pesquisar porque o Google tem uma gama de ferramentas, mas a maioria das pessoas só conhece parte delas”, diz Tasha Bergsin-Michelson, educadora do Google. Uma das seções do site é a Lessons Plans, ou planos de aula, em português. Nela, é possível encontrar os tutorias em três níveis de dificuldade que ensinam educadores com mais ou menos intimidade com o Google a pesquisar. Os vídeos dão dicas de como escolher os termos de pesquisa mais adequados, entender o resultado da busca, restringir a pesquisa para chegar a melhores resultados e até avaliar a credibilidade da fonte de informação.

A estratégia do Google de falar aos professores tem como objetivo fazer o treinamento chegar aos alunos para torná-los capazes de aprender sozinhos e de ser bons questionadores. “Nós precisamos cultivar a autonomia da aprendizagem nos nossos estudantes, para que, quando eles saírem para o mundo, depois do ensino médio, na faculdade, na carreira ou na vida, eles saibam como pesquisar e pensar criticamente”, diz Anne Arriaga, bibliotecária e membro da equipe de educadores do Google. No Search Education, os professores encontram também uma série de sugestões para desafiar os alunos. Dividido por disciplinas como história, geografia, biologia, o Google Day Challenge propõe atividades em que os estudantes serão testados tanto no conhecimento da matéria quanto nas ferramentas do buscador. Pelo site, o professor recebe dicas de como conduzir o exercício.

As atividades específicas foram desenvolvidas a partir do currículo norte-americano e, por enquanto, não há previsão de que a ferramenta seja traduzida ou adaptada para o ensino brasileiro. Para os vídeos gerais, que falam sobre as funcionalidades do Google, no entanto, as dicas podem ser muito úteis. O único problema é que todos os tutoriais são em inglês. Quem não domina o idioma, porém, pode recorrer à ajuda do próprio Google para decifrá-los. Ao clicar no botão CC, na parte inferior da tela, é possível selecionar a opção de ter a transcrição do áudio. Com o áudio transcrito, é só jogar o texto para ser traduzido pelo Google Tradutor.

Nossa Senhora de Fátima, o dia das mães e o racismo de circunstância

Dia das mães, dia da Mãe Maria. Eu e minha família somos espíritas e temos a mais profunda noção da posição hierárquica que Maria, mãe carnal que Jesus teve em sua passagem pelas áridas paisagens terrenas, ocupa nas hostes celestiais que prestam o fundamental serviço de orientar os habitantes do planeta Terra na busca incessante do bem. Por isso mesmo, elevamos nosso pensamento aos céus nesse 13 de maio, dia das mães e dia em que a Igreja Católica comemora a aparição da Mãe Celeste aos 3 pastorinhos em Fátima, Portugal, para pedir a Deus que seus mensageiros divinos esclareçam o povo brasileiro quanto ao muito em que estamos todos na contramão da marcha natural de nosso progresso como Nação, à medida em que o racismo de oportunidade está sendo imposto em nossa cultura. Refiro-me ao incidente em que uma peça televisiva levada a efeito com uma música da autoria de Alexandre Pires, ex-Só prá contrariar, na qual o referido artista cantou e dançou fantasiado de macaco junto ao jogador santista Neymar foi criticada como tendo gerado atos de segregação racial. 

O fato, ora denunciado pelo MPF como incitação ao racismo, foi protagonizado por ONGs que tratam do acompanhamento virtual de mensagens racistas e que veicularam uma insatisfação em relação à arte do cantor negro, que contou com a participação de um jogador de futebol não menos mulato. Como o próprio Alexandre Pires comenta "Devemos tratar toda e qualquer brincadeira com macacos e gorilas como uma referência a ser apagada da nossa memória? King Kong, Chita, Monga, eram todos personagens com alguma leitura que não a do genuíno entretenimento?". Minhas observações sobre esse caso no mínimo estapafúrdio remetem ao absurdo e ao receio de que agora toda brincadeira de roda na escola em que sou coordenadora tenha que doravante passar pelo crivo do macaco, ou seja, será que tudo agora terá que ser descolorido? Acho que nem a Mãe Maria, que ganhou cores de brasilidade na Padroeira do Brasil está satisfeita com essa involução cultural. Valei-nos Mãe de Jesus. Nesse dia em que reverenciamos nossas queridas mães, concede juízo aos Teus filhos. Que pensem e ajam como homens e não como macacos.

11 de maio de 2012

O bom professor

Do Educar para crescer:

Qual o segredo de um professor de qualidade?


As principais pesquisas em Educação do mundo mostram que um bom professor é capaz fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de potencializar seus estudantes. O professor é o principal responsável pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o desempenho dos alunos. "A qualidade de um sistema educacional não será maior que a qualidade de seus professores", consta no levantamento "Os Sistemas Escolares de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo", realizado pela consultoria McKinsey.  "Não existe educação de qualidade sem o bom professor. O professor é o profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, é a peça chave e por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma adequada", diz a secretária de Educação Básica do ME, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva. Aptidão para ensinar a matéria não depende apenas do domínio do conteúdo. O saber é importante, mas há inúmeros pontos que fazem do professor, um profissional de qualidade. Para identificá-los e cobrar do diretor uma melhor seleção e estímulo e para que o professor do seu filho esteja em condições de lecionar adequadamente é preciso estabelecer alguns critérios e ficar atento.

1) O bom professor tem uma formação de qualidade

O que é uma formação de qualidade? Não é apenas dominar o conteúdo que será ensinado, mas saber a melhor maneira de passar esse conteúdo. Foi-se o tempo em que escrever a matéria na lousa e pedir para os alunos copiarem significava algo. Hoje, sabe-se que o bom professor precisa dominar as técnicas de ensino, a didática. Saberes relacionados a tecnologias no ensino também são interessantes. É importante que a formação dos professores não tenha se limitado a dados e disciplinas teóricas. Antes de mais nada, ele deve ter aprendido na faculdade tanto os conteúdos quanto a maneira de ensinar, ou seja, a formação pedagógica (os conteúdos da docência). Isso é, aliás, reiterado pela pesquisa "Professores do Brasil: impasses e desafios", promovida pela UNESCO em 2008.

Outro ponto importante é o início da carreira. Um bom professor deve ter tido contato com outro bom professor. Deve ter feito um estágio e ter sido monitorado durante um período. Depois, ao começar a lecionar, deve ter sido orientado permanentemente. "É essencial uma boa formação inicial, uma carreira com prática orientada, supervisionada por gestores e professores mais experientes", diz Maria do Pilar Lacerda. "O período probatório deve servir não apenas para avaliá-lo, mas principalmente ser encarado como um momento de adaptação e conhecimento da prática, que sem dúvida é o espaço mais formador".

O problema é que nem todo professor tem formação universitária. A pesquisa da Unesco mostra que, na educação infantil, menos da metade dos que exercem as funções docentes (45,7%) cursaram o nível superior. Já entre a 5ª e a 8ª serie, o percentual sobe para 85,5%. No ensino médio, a realidade melhora: 95,4% dos docentes completaram o nível superior.

2) O bom professor não para de estudar

A ininterrupta formação do professor é um dos fatores essenciais para se ter um professor de qualidade. "É importante ter interesse em novas metodologias, estar sempre atualizado e buscar a própria superação. Isso contribui muito para a formação de bons profissionais", diz Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni (Colegio de Aplicacao da Universidade Federal de Viçosa), melhor escola publica no Enem 2008.

Constituída por atividades que têm como objetivo a construção e a socialização de conhecimentos, a formação continuada vem fazendo parte cada vez mais das perspectivas dos profissionais de educação, que priorizam tanto a formação como cidadão, quanto como docente. "A oportunidade de desenvolver o conhecimento por meio de uma formação que seja contínua é direito de todo professor e contribui muito para sua superação", completa a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda.

Na prática isso acontece pouco. Segundo dados do último Censo de Profissionais do Magistério da Educação Básica, feito em 2003, apenas 45% dos professores participaram de alguma atividade extracurricular ou curso, presencial semipresencial ou à distância nos dois anos anteriores.

Para agravar ainda mais a situação, o consumo cultural por parte dos docentes é extremamente restrito - mesmo sendo importantes mediadores na transmissão de cultura para os alunos. Pesquisa que traça o perfil do professor brasileiro, promovida pela UNESCO, em 2004, revelou que cerca de 40% dos profissionais entrevistados nunca haviam assistido a uma peça de teatro, 25% jamais tinham ido ao cinema e, por fim, 45% não conheciam um museu ou foram somente uma vez.

3) O bom professor é didático

Todo aluno é capaz de aprender. E todo professor deve ser capaz de ensiná-lo. "De nada adianta um profissional cursar a melhor faculdade, mas não ter didática, paciência e sensibilidade para respeitar o tempo e as diferenças de cada aluno", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda. O professor deve se valer de técnicas que viabilizem a aprendizagem das crianças.

"Os alunos têm tempos diferentes de absorção de conteúdo, cabe ao professor perceber as dificuldades e a individualidade dos estudantes e assim desenvolver métodos de acessar cada um", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni. Isso, junto ao respeito e a atenção direcionada que o professor pode tranqüilizar os alunos que têm mais dificuldade de aprendizado e fazer com que o desempenho deles melhore a longo prazo.

Produzir materiais individuais, incentivar que os alunos se ajudem entre si e oferecer exercícios de reforço são alguns dos recursos que o professor pode utilizar para que nenhum aluno fique para trás e assim igualar o nível da turma.

4) O bom professor motiva e inspira seus alunos

"A maior bandeira que um professor de qualidade levanta é a relação que tem com seus alunos", diz a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda. Uma relação positiva entre o docente e o estudante faz toda a diferença no aprendizado. Sentir-se confortável e seguro diante do professor é estimulante para qualquer um.

Receptividade, paciência, sensibilidade, atenção e respeito são essenciais. "A forma de conduzir os alunos, acompanhá-los, de respeitar as diferenças, ter um bom relacionamento com pais e interesse pelos estudantes favorecem a aprendizagem, assim como a empatia e a disponibilidade, desde que isso não comprometa a autoridade do professor, o que também é importante", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.

5) O bom professor entra na realidade do aluno

Para que o aluno se identifique com o professor, é preciso que este conheça sua realidade. "Reconhecer o que é infância, adolescência, respeitar as fases de amadurecimento, identificar diferenças e conhecer o processo cultural nos quais os jovens se envolvem são itens importantes, já que a relação entre professor e aluno inevitavelmente compreende um choque de gerações, valores e culturas", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Conhecer e imergir na realidade dos alunos é uma característica importantíssima que o professor de qualidade deve apresentar, já que isso representa não apenas uma aproximação entre as duas partes, como um acesso mais fácil e uma adaptação de postura, quando necessário.

6) O bom professor estimula a curiosidade

A curiosidade impulsiona o conhecimento, já que instigados por um determinado assunto, os alunos passam a se interessar mais, buscar novas informações e tirar dúvidas, o que promove o debate e beneficia a aprendizagem. Os alunos devem se sentir bem e à vontade na escola para expressar a curiosidade. A maneira com a qual o professor lida com dificuldade dos alunos é de fato determinante para a aprendizagem, uma vez que inibidos para tirar as dúvidas, as questões não solucionadas se acumulam e consequentemente atrasam e comprometem o desempenho.

"Bons professores brotam de alunos que indagam, que questionam, o que sem dúvida são ótimos caminhos para a aprendizagem. O professor que não responde e se incomoda com estudantes que perguntam demais não passa de um burocrata, ele dá a matéria e pronto, o que de maneira alguma é o ideal", opina Maria do Pilar Lacerda.

7) O bom professor está disponível

Limitar-se à grade curricular é o pior erro que um professor pode cometer. Além de não motivar os alunos e restringir a relação exclusivamente ao âmbito profissional, sem afetividade, o próprio professor sai perdendo, já que os alunos, apesar de estarem na posição de aprendizes, muitas vezes também têm muito a oferecer.

"Criar uma parceria com o aluno, na qual os dois aprendam, estejam abertos a críticas e dispostos a crescer e melhorar é outro fator totalmente determinante no aprendizado dos estudantes. O professor não pode ter uma sensação de auto-suficiência, ao contrario, o conhecimento dele deve ser construído em parceria com o aluno e vice-e-versa, assim, está em constante formação", explica Cataria Greco.

8) O bom professor é valorizado

Assim como os alunos, os professores também precisam ser estimulados. Melhores salários, cargas horárias justas e até mesmo bonificações periódicas são alguns recursos que os gestores das escolas podem utilizar para gratificar os docentes e fazer com que eles se sintam valorizados, o que sem dúvida reflete em seu desempenho em sala de aula.

Conhecer as ações que a escola do seu filho promove para que seus profissionais se sintam motivados é outra maneira de acompanhar de perto a realidade dos professores. Docentes que trabalham em condições corretas consequentemente conseguem transmitir o conteúdo de forma produtiva aos alunos.

9) Como identificar o bom professor

Todos os itens a cima formam um conjunto de atributos que bons professores apresentam. Ser crítico quanto a isso é a melhor forma de verificar a qualidade da escola do seu filho e se os professores têm condições de contribuir para boa aprendizagem de seus alunos. "Isso só acontece de forma adequada quando há uma troca positiva entre o aluno e o professor, o que só é possível com bons profissionais, que posteriormente podem estimular os alunos e assim sucessivamente", explica a orientadora educacional Cataria Greco.

Além da formação, o determinante é a atitude diante dos alunos. "A principal característica que um professor de qualidade apresenta é a maneira de conduzir a curiosidade e as dúvidas de cada aluno", diz Maria do Pilar. Catarina completa, "um bom professor potencializa um bom aluno e vice-e-versa", Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.

A mãe educadora, que muito mais que um dia, terá uma vida

Do Educar para crescer:











No meu entender, se 7 destas 10 propostas são executadas conscientemente, há uma grande educadora dentro de você, mãezona.

9 de maio de 2012

Outro motivo pelo qual não concordo com a concessão do título de patrono da educação nacional a Paulo Freire - O embuste

De Olavo de Carvalho:

Viva Paulo Freire!

Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica, científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo Freire é um ilustre desconhecido. As técnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma. Produziram, no entanto, um florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta. Isso foi no começo. A passagem das décadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários, corporativos e partidários, o choque de realidade. 

Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire: “Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.) “Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.) 

“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.) “A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.) “Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New Internationalist, Junho de 1974.) “A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Associationem Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.) “Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.) 

“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.) Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I). Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia. Não digo isso para criticar a nomeação póstuma desse personagem como “Patrono da Educação Nacional”. 

Ao contrário: aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos estudantes os últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o número de citações de trabalhos acadêmicos brasileiros em revistas científicas internacionais. Quem poderia ser contra uma decisão tão coerente com as tradições pedagógicas do partido que nos governa? Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia “cabeçário” em vez de “cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o principal teórico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve “Getúlio” com LH. A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funções, a própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.

6 de maio de 2012

6 de maio - Dia da matemática

Do Brasil Escola:

Dia nacional da Matemática

Por Marcos Noé


No dia 06 de maio de 1895 nasceu Júlio César de Melo e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Escritor e professor de Matemática, ele é autor de inúmeras obras literárias, dentre elas O Homem que Calculava, que relata as enigmáticas histórias de um calculista repleto de estratégias matemáticas na resolução de problemas cotidianos. Em referência a Júlio Cesar de Melo e Souza, o Dia Nacional da Matemática é comemorado em 6 de maio, de acordo com uma lei aprovada pelo Congresso Nacional no ano de 2004, no intuito de divulgar a ciência como uma importante ferramenta de trabalho humano. Nesse dia, os matemáticos ligados à área da educação devem promover dinâmicas, com o objetivo de divulgação da data comemorativa, bem como demonstrar que a Matemática é definitivamente importante na evolução da sociedade, visto que seu próprio crescimento ocorreu de acordo com o processo de modernização regido pelas ações humanas ao longo do tempo. Esse trabalho de divulgação também tem o propósito de mostrar às pessoas que a Matemática não é tão complicada como muitos pensam. Suas aplicações facilitam o entendimento em processos de contagem relacionados a cálculos diários e cotidianos. As instituições escolares possuem papel decisivo nessa divulgação, que pode ocorrer através de palestras, oficinas, feiras, mostras de trabalhos confeccionados pelos alunos, abordando as inúmeras utilizações da Matemática.

2 de maio de 2012

Novo mapa-mundi digital do IBGE

O IBGE lançou um  mapa-mundi digital, com síntese, histórico, indicadores sociais, economia, redes, meio ambiente, entre outras  curiosidades. Vale a pena acessar aqui.



E ai, gostou do que leu? Que tal ver o blog atualizado?

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